Diante do comunicado de interdição da centenária mina d’água da Rua Jacob Dittz, no centro da cidade, os moradores daquele local vêm, respeitosamente, a público para alguns esclarecimentos. Depois de ampla pesquisa afirmamos com certeza que uma MINA se trata de uma NASCENTE DE ÁGUA. Investigamos ainda mais e entrevistamos cidadãos antigos da cidade de Santos Dumont (pessoas numa faixa etária entre 50 e 80 anos) que confirmaram nossa certeza. Os moradores mais antigos do local e nossa própria lembrança nos levaram a um tempo onde naquele local existia de fato uma mina d’água, encanada, mas sem torneira que jorrava noite e dia, vinda talvez das montanhas adjacentes.
O progresso foi então chegando, infelizmente, sem nenhum respeito pela natureza, até que numa das administrações passadas resolveu-se cavar um poço artesiano para captação desta água e jogar a mesma com uma bomba elétrica numa caixa d’água de cimento, ( hoje transformada num monte de entulho) chegando para consumo da população por uma torneira. Na época, o que pareceu ser uma solução estética aceitável tornou-se rapidamente um tormento constante para os moradores da rua, pois a água represada começou a brotar sob as casas, nas garagens no nível da rua e nos baixos quintais. Cada um foi tomando suas providencias em particular chegando ao extremo de aterros de um metro para se livrar do incomodo problema.
Os moradores da casa Nº 35, de posse da chave do referido espaço público, mantiveram-no funcionando, só solicitando ajuda em casos extremos ou defeitos graves. Dona Arlete Fernandes da Silva, moradora do bairro Santo Antônio, antiga funcionária dos moradores da rua, é a principal e quase única mão de obra daquele espaço. Em seu depoimento, ela diz: “não podemos deixar a população da cidade sem esta água, que vez por outra nos faz falta. Neste ano de 2009 deu enchente no meu bairro duas vezes, fui obrigada a recorrer a esta bendita água. Não só eu como muitos dos meus vizinhos. Quando falta água na cidade, por algum motivo, dá até fila na rua. O povo sabe que pode contar com esta água para qualquer emergência. Ela é infalível. Tem sido assim por uns 100 anos.”
Recentemente, o departamento de obras da atual administração disse ter sido feita uma análise sobre a referida água (a qual não vimos) e na interdição do referido espaço, alegando ser a água imprópria para o consumo.
Perguntamos, então, a este mesmo departamento, se ela é imprópria também para lavarmos nossa rua nos atuais dias de carnaval ou festas públicas na Praça Cesário Alvim, quando somos obrigados a aguentar o mau cheiro de urina e fezes depositados em nossa intransitáveis calçadas, pois jamais em nossa rua entrou um caminhão pipa para nos auxiliar nesta limpeza. Perguntamos se ela é imprópria para centenas de pessoas que vem das “roças” adjacentes no verão tirar a poeira dos sapatos ou lavar os pés de barro ou se ela é imprópria para servir de paliativo quando o sistema de abastecimento falha em alguma parte da cidade.
Vamos encerrar perguntando se ela não se tornou impura pelo descaso com que foi tratada todos estes anos. O que pedimos é que, antes de serem tomadas providências irresponsáveis, este manancial de água que já serviu a uma população inteira e precariamente ainda serve, seja alvo de profundas e sérias investigações por parte das autoridades, podendo estas contarem com nosso inteiro apoio e colaboração pois estamos cansados de ser vítimas da irresponsabilidade das autoridades administrativas que procuram soluções mais fáceis, rápidas e baratas.
Precisamos de engenheiros, laudos, enfim, tudo esclarecido e documentado para sabermos a quem responsabilizar quando surgirem novos problemas. A pergunta definitiva é: ONDE VAI ESCOAR ESTA ÁGUA, CASO ESTA INTERDIÇÃO VENHA A SER FEITA?
Esperamos desta vez, a melhor solução, não só para nós, como para toda a população de Santos Dumont e da redondeza. Nos dias atuais precisamos ser responsáveis e coerentes com nossa conduta e, tendo a certeza que todos os professores da rede pública e particular de ensino priorizam o respeito ao meio ambiente e principalmente a água, pedimos que nos ajudem nesta empreitada. Já foi longe o tempo em que nossa água era fonte de piadas maldosas e sem graça. Hoje, é para nós uma grande riqueza.
Leia mais na edição impressa do Jornal Panorama Regional, deste final de semana.
Os moradores da casa Nº 35, de posse da chave do referido espaço público, mantiveram-no funcionando, só solicitando ajuda em casos extremos ou defeitos graves. Dona Arlete Fernandes da Silva, moradora do bairro Santo Antônio, antiga funcionária dos moradores da rua, é a principal e quase única mão de obra daquele espaço. Em seu depoimento, ela diz: “não podemos deixar a população da cidade sem esta água, que vez por outra nos faz falta. Neste ano de 2009 deu enchente no meu bairro duas vezes, fui obrigada a recorrer a esta bendita água. Não só eu como muitos dos meus vizinhos. Quando falta água na cidade, por algum motivo, dá até fila na rua. O povo sabe que pode contar com esta água para qualquer emergência. Ela é infalível. Tem sido assim por uns 100 anos.”
Recentemente, o departamento de obras da atual administração disse ter sido feita uma análise sobre a referida água (a qual não vimos) e na interdição do referido espaço, alegando ser a água imprópria para o consumo.
Perguntamos, então, a este mesmo departamento, se ela é imprópria também para lavarmos nossa rua nos atuais dias de carnaval ou festas públicas na Praça Cesário Alvim, quando somos obrigados a aguentar o mau cheiro de urina e fezes depositados em nossa intransitáveis calçadas, pois jamais em nossa rua entrou um caminhão pipa para nos auxiliar nesta limpeza. Perguntamos se ela é imprópria para centenas de pessoas que vem das “roças” adjacentes no verão tirar a poeira dos sapatos ou lavar os pés de barro ou se ela é imprópria para servir de paliativo quando o sistema de abastecimento falha em alguma parte da cidade.
Vamos encerrar perguntando se ela não se tornou impura pelo descaso com que foi tratada todos estes anos. O que pedimos é que, antes de serem tomadas providências irresponsáveis, este manancial de água que já serviu a uma população inteira e precariamente ainda serve, seja alvo de profundas e sérias investigações por parte das autoridades, podendo estas contarem com nosso inteiro apoio e colaboração pois estamos cansados de ser vítimas da irresponsabilidade das autoridades administrativas que procuram soluções mais fáceis, rápidas e baratas.
Precisamos de engenheiros, laudos, enfim, tudo esclarecido e documentado para sabermos a quem responsabilizar quando surgirem novos problemas. A pergunta definitiva é: ONDE VAI ESCOAR ESTA ÁGUA, CASO ESTA INTERDIÇÃO VENHA A SER FEITA?
Esperamos desta vez, a melhor solução, não só para nós, como para toda a população de Santos Dumont e da redondeza. Nos dias atuais precisamos ser responsáveis e coerentes com nossa conduta e, tendo a certeza que todos os professores da rede pública e particular de ensino priorizam o respeito ao meio ambiente e principalmente a água, pedimos que nos ajudem nesta empreitada. Já foi longe o tempo em que nossa água era fonte de piadas maldosas e sem graça. Hoje, é para nós uma grande riqueza.
Moradores da Rua da Rua Jacob Dittz
(RUA DA MINA) - Fotos: LÉO CHAVES
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