"Não temos verbas, não podemos fazer as melhorias que vocês querem no momento!"

Este título é o mesmo de outro já postado anteriormente, mas agora é o povo que está dizendo isto para a Câmara Municipal.

Segundo fontes não oficiais, o telhado do prédio onde funciona a Câmara Municipal está necessitando de reformas. Este é um assunto já veiculado há bastante tempo e somente agora, após as eleições, o assunto retorna com força total.

Com a alegação da necessidade da obra, circula pela cidade a notícia de que será alugado um novo local, por valores quase duplicados, para abrigar o Legislativo, durante as obras.

Fala-se também em adquirir um terreno para a construção de um prédio moderno, um verdadeiro palácio, para o funcionamento da Câmara Municipal.

No final do mandato, a atual Mesa Diretora está deixando para o próximo Presidente e também para o Executivo uma medida impopular e que não reflete a vontade da população.

Quando foi feita a Audiência Pública para consulta sobre a compra deste terreno e a construção de uma nova sede para o Legislativo? O povo, que é o verdadeiro dono do dinheiro, deve ser consultado para saber se esta é a sua vontade.

A Câmara Municipal não precisa de uma outra sede e este gasto com compra e construção, imenso, deve ser investido em outras necessidades muito mais urgentes e prioritárias.

Precisamos de maior investimento em saúde, educação, saneamento básico, ruas asfaltadas, água tratada para todos, da retirada daquela montanha de lixo acumulada na BR-499, abrigos para os usuários do transporte coletivo, quadras de esporte, um aterro sanitário para não exportarmos para Juiz de Fora a riqueza que encontra-se guardada no nosso lixo, pronto-socorro municipal, áreas de lazer para as crianças e adolescentes, estradas vicinais decentes, prédios públicos pintados, entre outras.

O povo precisa também de respeito e não deve ficar esperando uma hora para assistir uma sessão da Câmara Municipal, que se reune à portas fechadas, no horário da reunião, para tratar de assuntos que deveriam ser discutidos durante a semana. Os Vereadores têm a semana inteira para fazer a articulação política e tratar de quaisquer assuntos que não serão decididos na sessão ordinária.

Não precisamos de um palácio legislativo para abrigar 9 vereadores (13 em 2013), que se reunem uma vez por semana e muitos funcionários para ficarem ao seu inteiro dispor. Precisamos de uma Câmara que exerça o seu verdadeiro papel de fiscalizar e elaborar leis.

Para as obras do atual prédio, por que não aproveitar o recesso parlamentar que inicia-se em dezembro e termina em janeiro? Dois meses não são suficientes para reparar um telhado? Em caso de necessidade de reuniões extraordinárias durante as obras, as reuniões poderiam acontecer na Associação Comercial, na Cantina do Guri, no Salão Paroquial ou no Grêmio Mário de Lima, como já houve anteriormente.

Quanto as obras, não há sentido o Hospital de Misericórdia arcar sozinho com a despesa porque o prédio é tombado Poder Público Municipal e deve receber assistência da Municipalidade através de obras de restauração e conservação que impeçam a destruição do bem. ( Lei nº 2.408, de 16/10/1991, art. 125, § 2º).

A verba que retornará aos cofres públicos, no final do ano, em torno de R$ 500.000,00, é suficiente e até demais para esta reforma.

"Não temos verbas, não podemos fazer as melhorias que vocês querem no momento!"