As reclamações de toda a população sempre se dirigem à Administração Pública porque tudo aquilo que é realizado , ou deixa de sê-lo, utiliza o dinheiro público, que é compulsoriamente retirado de todos os cidadãos.
Em nossa cidade temos uma obra iniciada, que ficou muito tempo parada, está no término do seu processo de demolição e que também utilizou dinheiro público: a Igreja Matriz de São Miguel e Almas.
A única diferença é que a verba pública utilizada na "reforma" da Igreja não foi conseguida de forma compulsória. Os fiéis que contribuem com o seu dízimo mensal de forma espontânea também devem ser informados sobre o destino dado a esta contribuição.
Foto: Vicente A. Queiróz
Pelas informações que temos, esta obra já começou de forma errada.
Todas nós sabemos que qualquer obra deve ter o seu álvará e nele é discriminado o fim para o qual se destina: obra nova, ampliação, reforma ou demolição e a Igreja Matriz requereu um álvará para construção e ampliação que não foi deferido. A Prefeitura Municipal solicitou que fossem feitas adequações no projeto apresentado e não houve o retorno da solicitação.
Sem a concessão do álvará, as obras foram iniciadas e "tocadas", irresponsavelmente, não sabemos por quem.
Gastou-se um dinheiro imenso para se elevar paredes, construiram-se pilares e vigas, telhado e, sem mais nem menos, a obra parou e assim permaneceu por um bom tempo.
Novamente iniciada, foi uma surpresa e também um grande alívio para todos nós quando percebemos que tudo o que havia sido levantado seria demolido.
Surpresa pelo fato de jogar-se no lixo um dinheiro público espontâneo e por informações que recebemos, não sabemos se verídicas ou não, da tentativa de se embargar as obras de reforma e revitalização das praças de nossa cidade, com a alegação de que as praças pertencem à Igreja. Alívio por vermos que paredes e pilares tortos foram retirados.
Se estivermos errados em nossas colocações, o espaço encontra-se aberto para os esclarecimentos devidos.
Todos nós devemos exigir sempre as explicações de todos aqueles que administram recursos públicos, sejam eles agentes políticos ou não.
Para informação de todos, até o presente momento, somente foi requerido na Prefeitura Municipal de Santos Dumont o Álvará de Demolição das obras de ampliação da Igreja Matriz. Ainda por um bom tempo, ficaremos sem um dos cartões de visitas de nossa cidade.
Só nos resta uma dúvida sobre qual obra acabará primeiro: a reforma da Praça Cesário Alvim ou a Igreja Matriz de São Miguel e Almas.
Isso foi uma falta de responsabilidade por parte dos responsáveis pela obra. Que isso possa não mais se repetir por aqui
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