O rio que corta a nossa cidade recebeu o nome de Ribeirão das Posses pelo Comitê da Bacia do Rio Paraíba do Sul. Aproveitando que nesta semana será realizada a 1ª Conferência Municipal de Saúde Ambiental devemos nos lembrar que ele está pedindo socorro.
Quando o acompanhamos, a partir de sua nascente, verificamos o seu assoreamento (preenchimento da calha natural que diminui seus volumes geométricos naturais, passando essa calha a suportar quantidades menores de água e acarretando o extravasamento pelas margens). O preenchimento da calha natural "sufoca" a flora e a fauna de fundo, impedindo-as de ter contato com o oxigênio dissolvido na água.
A flora e fauna morrem e naquele ambiente começam a se desenvolver colônias de bactérias anaeróbias para digerirem os seres orgânicos mortos, com a exalação de gases que não o CO2. A exalação de gases diferentes do CO2 (como as mercaptanas, o gás sulfídrico e o metano) infiltra-se em ascensão na água (oxigenada) acima e esta adquire toxidez indesejável para os organismos aeróbicos que ali vivem, podendo matá-los e criar, dessa forma, mais material orgânico a ser consumido e, consequentemente, mais oxigênio a ser utilizado para esse consumo. De outra feita, o soterramento do fundo tirará as chances de alimentação dos animais (peixes e crustáceos) que ali tenham a sua fonte de alimentação.
As margens de rios e lagos, que são ricas em nutrientes, se assoreadas, irão causar problemas de alimentação aos animais que dependem daquele ambiente. Como conclusão, se as áreas estão degradadas, cabe recuperá-las, e se não estão, cabe evitar que venham a estar.
Trabalhos de recuperação de áreas degradadas envolvem diversas técnicas que são específicas para cada caso e a gravidade da situação. De nada adianta dragar para desassorear. Se as causas do assoreamento não forem cessadas definitivamente novas dragagens terão que ser feitas, custando muitos recursos e sempre perturbando a vida do animal e vegetal do fundo da calha. ( Faculdade de Ipojuca)
Apesar de não "matar" os rios, o assoreamento pode aumentar o nível de terra submersa e ajuda a aumentar os níveis das enchentes. O assoreamento não chega a estagnar um rio, mas pode mudar drasticamente seu rumo e pode acabar com lagos. O transbordamento de um rio em regiões sem ocupação humana pode gerar grandes danos à agricultura.(Wikipédia)
Conclusão: de nada adianta fazer, anualmente, a limpeza do rio se as causas que o tornam "sujo" não forem eliminadas. Educação, apoio e notificação da população urbana e rural são fundamentais; um planejamento de desenvolvimento municipal sustentável torna-se prioritário e urgente.
Segue abaixo, trechos e imagens de um Relatório do Paraíba do Sul, divulgado no sítio do IGAM, que se referem ao nosso RIBEIRÃO DAS POSSES.
Quando o acompanhamos, a partir de sua nascente, verificamos o seu assoreamento (preenchimento da calha natural que diminui seus volumes geométricos naturais, passando essa calha a suportar quantidades menores de água e acarretando o extravasamento pelas margens). O preenchimento da calha natural "sufoca" a flora e a fauna de fundo, impedindo-as de ter contato com o oxigênio dissolvido na água.
A flora e fauna morrem e naquele ambiente começam a se desenvolver colônias de bactérias anaeróbias para digerirem os seres orgânicos mortos, com a exalação de gases que não o CO2. A exalação de gases diferentes do CO2 (como as mercaptanas, o gás sulfídrico e o metano) infiltra-se em ascensão na água (oxigenada) acima e esta adquire toxidez indesejável para os organismos aeróbicos que ali vivem, podendo matá-los e criar, dessa forma, mais material orgânico a ser consumido e, consequentemente, mais oxigênio a ser utilizado para esse consumo. De outra feita, o soterramento do fundo tirará as chances de alimentação dos animais (peixes e crustáceos) que ali tenham a sua fonte de alimentação.
As margens de rios e lagos, que são ricas em nutrientes, se assoreadas, irão causar problemas de alimentação aos animais que dependem daquele ambiente. Como conclusão, se as áreas estão degradadas, cabe recuperá-las, e se não estão, cabe evitar que venham a estar.
Trabalhos de recuperação de áreas degradadas envolvem diversas técnicas que são específicas para cada caso e a gravidade da situação. De nada adianta dragar para desassorear. Se as causas do assoreamento não forem cessadas definitivamente novas dragagens terão que ser feitas, custando muitos recursos e sempre perturbando a vida do animal e vegetal do fundo da calha. ( Faculdade de Ipojuca)
Apesar de não "matar" os rios, o assoreamento pode aumentar o nível de terra submersa e ajuda a aumentar os níveis das enchentes. O assoreamento não chega a estagnar um rio, mas pode mudar drasticamente seu rumo e pode acabar com lagos. O transbordamento de um rio em regiões sem ocupação humana pode gerar grandes danos à agricultura.(Wikipédia)
Conclusão: de nada adianta fazer, anualmente, a limpeza do rio se as causas que o tornam "sujo" não forem eliminadas. Educação, apoio e notificação da população urbana e rural são fundamentais; um planejamento de desenvolvimento municipal sustentável torna-se prioritário e urgente.
Segue abaixo, trechos e imagens de um Relatório do Paraíba do Sul, divulgado no sítio do IGAM, que se referem ao nosso RIBEIRÃO DAS POSSES.
A média anual do Índice de Qualidade das Águas no ribeirão das Posses a jusante de Santos Dumont (BS073) permanecia no nível Médio desde o ano de 2004. No entanto, em 2007 os IQA’s trimestrais obtidos na primeira, terceira e quarta campanhas foram Ruins.
Esta condição foi influenciada principalmente pelos valores de coliformes termotolerantes, fósforo total, DBO e OD.
Esta condição foi influenciada principalmente pelos valores de coliformes termotolerantes, fósforo total, DBO e OD.
As contagens de coliformes termotolerantes ultrapassaram os limites legais nas três campanhas em que foram analisadas em 2007, no ribeirão das Posses a jusante da cidade de Santos Dumont (BS073) (Figura 10.59). A primeira e quarta campanhas de 2007 foram as únicas campanhas em que as concentrações de fósforo total estiveram em conformidade com o limite legal durante todo o período de monitoramento nesse trecho do rio.
Na Figura 10.60 são mostradas as séries históricas de monitoramento dos parâmetros DBO e OD no ribeirão das Posses a jusante de Santos Dumont (BS073). Em 2007 a terceira campanha de amostragem foi a mais crítica para esses parâmetros, uma vez que foram observados teores elevados de matéria orgânica e uma diminuição significativa nos valores das concentrações de oxigênio dissolvido. Estes resultados evidenciam o impacto dos lançamentos de esgotos sanitários e industriais, especialmente dos ramos de laticínios e de papel e papelão, localizadas no município de Santos Dumont.
As concentrações de ferro dissolvido e manganês total são apresentadas na Figura 10.61, evidenciando que os valores de ferro dissolvido estiveram acima do limite da legislação em todas as campanhas de 2007 nas águas do ribeirão das Posses. O manganês esteve em desacordo com a legislação na primeira e terceira campanha do ano em questão.
Ocorreu uma melhora na Contaminação por Tóxicos no ribeirão das Posses, uma vez que a CT considerada Média em 2006 passou para Baixa em 2007, em função da diminuição dos valores das concentrações de mercúrio total.
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Fonte: Igam (baixar o relatório completo)
As fotos e o texto podem ser reproduzidos desde que citada a fonte.
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