A maioria da população não estava ciente desta nova tarifa, inserida nas contas da COPASA, por falta de uma campanha de conscientização.
É preciso tratar o esgoto? Sim, é extremamente importante o seu tratamento, para uma melhor qualidade de vida da população e do planeta.
É correto pagarmos por algo que não temos? Não e a população está se mobilizando, visando à sua proteção. Uma das ações é um abaixo-assinado que está correndo pela cidade e que pode ter a participação de todas as pessoas interessadas. Mãos à obra e vamos nos mobilizar.
Acesse o site da Sdnet e veja a reportagem sobre este assunto, assim como os comentários sobre esta situação: "População sandumonense se revolta com a nova cobrança de Taxa de Esgoto pela COPASA".
Acesse também Megaminas e veja a reportagem: Taxa de esgoto gera polêmica em Santos Dumont.
A Copasa, que deveria ter a obrigação de esclarecer a população não o fez, por isto estamos disponibilizando o texto abaixo, em caráter educativo, extraído do próprio sítio da empresa.
Acesse também Megaminas e veja a reportagem: Taxa de esgoto gera polêmica em Santos Dumont.
A Copasa, que deveria ter a obrigação de esclarecer a população não o fez, por isto estamos disponibilizando o texto abaixo, em caráter educativo, extraído do próprio sítio da empresa.
O Sistema de Esgotos
O sistema utilizado pela Copasa, no Brasil, é do tipo “separador absoluto”. Esse sistema destina-se somente para a coleta de esgotos, havendo a necessidade de outra rede destinada exclusivamente para as águas pluviais.
Como funciona uma rede de esgotos
• O esgoto escoa dentro das tubulações a no máximo 75% da sessão dos tubos, ou seja, eles não preenchem todo o conteúdo da canalização.
• Elas são implantadas a profundidades variadas, com certa declividade necessária para o encaminhamento do esgoto por gravidade.
• As redes correm para as partes mais baixas de uma sub bacia, onde estão instalados os emissários.
• Em algumas situações, o esgoto é encaminhado para as partes mais altas, por meio das Estações Elevatórias de Esgotos (EEE).
Lixo e água de chuva – maiores inimigos das redes de esgotos
• O lixo que vai para as redes de esgoto entope os tubos, impedindo a passagem do esgoto, e fazendo com que as redes se rompam.
• As águas de chuva quando vão para as redes de esgoto causam extravasamentos. A água de chuva “enche” toda a tubulação de esgoto, pressionado as paredes dos tubos fazendo com que se rompam, provocando refluxos.
Questão legal
Algumas prefeituras exigem que todos os imóveis, que tenham à sua disposição rede de esgotamento sanitário, sejam ligados a ela, eliminando outros tipos de lançamento, como fossas ou até mesmo a céu aberto.
O esgoto a céu aberto é uma fonte contínua de transmissão de doenças de veiculação hídrica, por meio do contato das pessoas com o esgoto ou através de insetos e animais que se multiplicam nesses locais.
Classificação
Esgotos domésticos: São aqueles gerados nas atividades residências e nas instalações hidráulico-sanitárias.
Esgotos não domésticos: Podem ser gerados nos processos produtivos de indústrias e das prestadoras de serviços, do comércio e em outros segmentos da atividade econômica.
A constituição do esgoto
Os esgotos domésticos são constituídos aproximadamente de 99,9% de líquido e o restante 0,1% de material sólido. A composição dos esgotos depende dos usos das águas de abastecimento e varia com o clima, os hábitos e as condições sócio-econômicas da população e da presença de efluentes industriais, infiltração de águas pluviais, idade das águas residuárias etc.
Sistema de Coleta, Transporte e Tratamento de Esgoto
Os esgotos domésticos e não domésticos são encaminhados para a rede coletora, através dos coletores primários.
O coletor tronco recebe os esgotos dos coletores primários e os encaminham até os interceptores.
• Os interceptores correm nos fundos de vale, margeando os cursos d´água ou canais. São responsáveis pelo transporte dos esgotos gerados na sua sub-bacia, evitando que os mesmos sejam lançados nos corpos d´água.
• Os emissários são iguais aos interceptores, com a diferença de que não recebem contribuições ao longo do seu percurso. Sua função é transportar os esgotos até a estação de tratamento de esgotos - ETE.
• Nas estações de tratamento de esgotos, os esgotos passam por processos físicos e/ou biológicos que produzem efluentes tratados, atendendo a legislação vigente, prontos para serem lançados no meio ambiente outra vez.
Caracterização dos esgotos É possível a partir do conhecimento dos seguintes parâmetros:
* Parâmetros físicos: Temperatura, odor, cor e turbidez, sólidos sedimentáveis, materiais solúveis.
* Parâmetros químicos: pH, DBO, DQO, Nitrogênio (N), Fósforo (P), dentre outros.
* Parâmetros biológicos: A Escherichia coli é o parâmetro indicador da presença de fezes humanas e animais em águas. A poluição fecal possibilita a veiculação de vários microorganismos patogênicos como vírus entéricos e outros,bactérias enteropatogênicas, protozoários e vermes.
* Parâmetros químicos: pH, DBO, DQO, Nitrogênio (N), Fósforo (P), dentre outros.
* Parâmetros biológicos: A Escherichia coli é o parâmetro indicador da presença de fezes humanas e animais em águas. A poluição fecal possibilita a veiculação de vários microorganismos patogênicos como vírus entéricos e outros,bactérias enteropatogênicas, protozoários e vermes.
Razões para tratar os esgotos
Razão de saúde pública: Reduzir o número de organismos patogênicos presentes nos esgotos, possibilitando o seu retorno ao Meio Ambiente sem o risco de transmissão de doenças de veiculação hídrica.
Razão ecológica: Evitar a degradação ambiental, protegendo a vida vegetal e animal. Razão econômica: Reduzir o custo do tratamento da água e a indisponibilidade desse recurso para diversos usos, dentre eles o consumo humano, industrial, comercial, assim como para as comunidades.
Razão estética: Evitar prejuízos ao lazer e ao turismo, pelo mau aspecto, cheiro, presença de lixo e animais transmissores de doenças.
Razão legal: Evitar a depreciação dos patrimônios, pois os proprietários de áreas a jusante dos lançamentos de esgotos têm direitos legais ao uso da água em seu estado natural.
Processos de Tratamento
Consiste em separar a parte líquida da parte sólida do esgoto e tratar cada uma delas separadamente, reduzindo ao máximo a carga poluidora, de forma que elas possam ser dispostas adequadamente, sem prejuízo ao meio ambiente.
Imitando a natureza: as Estações de Tratamento de Esgoto reproduzem, num menor espaço e tempo, a capacidade que os cursos d’água têm naturalmente de decompor a matéria orgânica.
Agentes de tratamento: são as bactérias aeróbias ou anaeróbias que se reproduzem em grande quantidade, degradando a matéria orgânica presente nos esgotos, quando encontram condições favoráveis.
Condições para o tratamento: os níveis e a maneira de se tratar os esgotos dependem: - Da carga orgânica presente
- Da classificação das águas do rio que receberá o efluente tratado
- Da capacidade de autodepuração do rio que receberá o efluente tratado
- Da disponibilidade de área e energia elétrica
N í v e i s d e t r a t a m e n t o
Tratamento Preliminar: São retirados do esgoto os sólidos grosseiros, como lixo e areia. Processo: Utiliza processos físicos, como gradeamento, peneiramento e a sedimentação.
Tratamento Primário: Reduz parte da matéria orgânica presente nos esgotos removendo os sólidos em suspensão sedimentáveis e sólidos flutuantes.
Processo: O esgoto ainda contém sólidos em suspensão, não grosseiros, que são mais pesados que a parte líquida. Esses sólidos se sedimentam, indo para o fundo dos decantadores, formando o lodo primário bruto. Esse lodo é retirado do fundo do decantador, através de raspadores mecanizados, tubulações ou bombas.
Processo Anaeróbio: Ocorre através da fermentação, na ausência de oxigênio.Tipos mais comuns:
Sistema fossa séptica – filtro anaeróbio – Muito usado no Brasil, no meio rural e em comunidades de pequeno porte. Os sólidos em suspensão se sedimentam no fundo da fossa séptica e formam o lodo onde ocorre a digestão anaeróbia. O líquido se encaminha para o filtro anaeróbio que possui bactérias que crescem aderidas a uma camada suporte formando a biomassa,que reduz a carga orgânica dos esgotos.
Reator Anaeróbio de Manta de Lodo (UASB) – A biomassa cresce dispersa no meio e não aderida como nos filtros. Esta biomassa, ao crescer, forma pequenos grânulos, que por sua vez, tendem a servir de meio suporte para outras bactérias. O fluxo do líquido é ascendente e são formados gases – metano e gás carbônico, resultantes do processo de fermentação anaeróbia.
Tratamento Secundário: Remove a matéria orgânica e os sólidos em suspensão. Processo: Através de processos biológicos, utilizando reações bioquímicas, através de microorganismos – bactérias aeróbias,facultativas, protozoários e fungos.
No processo aeróbio os microorganismos presentes nos esgotos se alimentam da matéria orgânica ali também presente, convertendo-a em gás carbônico, água e material celular. Esta decomposição biológica do material orgânico requer a presença de oxigênio e outras condições ambientais adequadas como temperatura, pH , tempo de contato etc.
No processo aeróbio os microorganismos presentes nos esgotos se alimentam da matéria orgânica ali também presente, convertendo-a em gás carbônico, água e material celular. Esta decomposição biológica do material orgânico requer a presença de oxigênio e outras condições ambientais adequadas como temperatura, pH , tempo de contato etc.
Tipos mais comuns de tratamento secundário:
Lagoas de estabilização (ou lagoas de oxidação) e suas variantes: São lagoas construídas de forma simples, onde os esgotos entram em uma extremidade e saem na oposta. A matéria orgânica, na forma de sólidos em suspensão, fica no fundo da lagoa, formando um lodo que vai aos poucos sendo estabilizado. O processo se baseia nos princípios da respiração e da fotossíntese: As algas existentes no esgoto, na presença de luz, produzem oxigênio que é liberado através da fotossíntese. Esse oxigênio dissolvido (OD) é utilizado pelas bactérias aeróbias (respiração) para se alimentarem da matéria orgânica em suspensão e dissolvida presente no esgoto. O resultado é a produção de sais minerais – alimento das algas - e de gás carbônico (CO2).
Lodos ativados e suas variantes: É composto, essencialmente, por um tanque de aeração (reator biológico), um tanque de decantação (decantador secundário) e uma bomba de recirculação do lodo. O princípio do sistema é a recirculação do lodo do fundo de uma unidade de decantação para uma de aeração. Em decorrência da recirculação contínua de lodo do decantador e da adição contínua da matéria orgânica, ocorre o aumento da biomassa de bactérias, cujo excesso é descartado periodicamente.
Tratamento aeróbio com biofilme: Os esgotos são aplicados sobre um leito de material grosseiro, como pedras e ripas ou material plástico, e percola em direção a drenos no fundo. Este fluxo do esgoto permite o crescimento de bactérias na superfície do leito, formando uma película de microorganismos. O ar circula nos espaços vazios entre as pedras ou ripas, fornecendo oxigênio para os microorganismos decomporem a matéria orgânica.
Tratamento Terciário: Remove poluentes específicos (micronutrientes e patogênicos), além de outros poluentes não retidos nos tratamentos primário e secundário. Este tratamento é utilizado quando se deseja obter um tratamento de qualidade superior para os esgotos. Neste tratamento remove-se compostos como nitrogênio e fósforo, além da remoção completa da matéria orgânica.
Processo: Através de processos por radiação ultravioleta, químicos e outros.
Tratamento do lodo: Todos os processos de tratamento de esgoto resultam em subprodutos: o material gradeado, areia, escuma, lodo primário e lodo secundário, que devem ser tratados para serem lançados no meio ambiente.
Lodo estabilizado: Disposição do lodo em aterros sanitários ou aplicando como fertilizante na agricultura, após tratamento adequado.
Lodo não estabilizado:
· Adensamento, para remoção da umidade
· Estabilização para remoção da matéria orgânica
· Condicionamento para preparar para a desidratação
· Desidratação para remover a umidade, com redução do volume, em leitos de secagem, lagoas de lodo e equipamentos mecânicos
· Disposição final em aterros sanitários, aplicação no solo etc.
Lagoas de estabilização (ou lagoas de oxidação) e suas variantes: São lagoas construídas de forma simples, onde os esgotos entram em uma extremidade e saem na oposta. A matéria orgânica, na forma de sólidos em suspensão, fica no fundo da lagoa, formando um lodo que vai aos poucos sendo estabilizado. O processo se baseia nos princípios da respiração e da fotossíntese: As algas existentes no esgoto, na presença de luz, produzem oxigênio que é liberado através da fotossíntese. Esse oxigênio dissolvido (OD) é utilizado pelas bactérias aeróbias (respiração) para se alimentarem da matéria orgânica em suspensão e dissolvida presente no esgoto. O resultado é a produção de sais minerais – alimento das algas - e de gás carbônico (CO2).
Lodos ativados e suas variantes: É composto, essencialmente, por um tanque de aeração (reator biológico), um tanque de decantação (decantador secundário) e uma bomba de recirculação do lodo. O princípio do sistema é a recirculação do lodo do fundo de uma unidade de decantação para uma de aeração. Em decorrência da recirculação contínua de lodo do decantador e da adição contínua da matéria orgânica, ocorre o aumento da biomassa de bactérias, cujo excesso é descartado periodicamente.
Tratamento aeróbio com biofilme: Os esgotos são aplicados sobre um leito de material grosseiro, como pedras e ripas ou material plástico, e percola em direção a drenos no fundo. Este fluxo do esgoto permite o crescimento de bactérias na superfície do leito, formando uma película de microorganismos. O ar circula nos espaços vazios entre as pedras ou ripas, fornecendo oxigênio para os microorganismos decomporem a matéria orgânica.
Tratamento Terciário: Remove poluentes específicos (micronutrientes e patogênicos), além de outros poluentes não retidos nos tratamentos primário e secundário. Este tratamento é utilizado quando se deseja obter um tratamento de qualidade superior para os esgotos. Neste tratamento remove-se compostos como nitrogênio e fósforo, além da remoção completa da matéria orgânica.
Processo: Através de processos por radiação ultravioleta, químicos e outros.
Tratamento do lodo: Todos os processos de tratamento de esgoto resultam em subprodutos: o material gradeado, areia, escuma, lodo primário e lodo secundário, que devem ser tratados para serem lançados no meio ambiente.
Lodo estabilizado: Disposição do lodo em aterros sanitários ou aplicando como fertilizante na agricultura, após tratamento adequado.
Lodo não estabilizado:
· Adensamento, para remoção da umidade
· Estabilização para remoção da matéria orgânica
· Condicionamento para preparar para a desidratação
· Desidratação para remover a umidade, com redução do volume, em leitos de secagem, lagoas de lodo e equipamentos mecânicos
· Disposição final em aterros sanitários, aplicação no solo etc.
A tarifa de água aumentou e isso foi, de dois pontos de vista, bom e ruim. Foi bom porque a partir disso o cidadão sandumonense vai dar valor a esse bem que, ao contrário do que muitos pensam,é finito e só se educa um cidadão aqui no Brasil desse jeito: mexendo com o bolso dele. Acho que a partir de agora vamos deixar de ver as vassouras hidráulicas funcionando por aqui e veremos uma maior utilização das vassouras de piaçava o que é o certo. Mas também essa cobrança foi ruim por uma sucessão de, desculpe o termo, "cagadas" tanto da Administração Pública e da CopasaMG quantos dos municípes. Os erros da Administração Pública começam com o contrato que deveria ter estipulado que a empresa cobraria pelo serviço quando as obras estivessem concluidas em uma porcentagem considerável (por exemplo quando 1/4 da população de Santos Dumont já estaria sendo beneficiada é só um exemplo poderia ser 50%. Os erros da Copasa em não se fazer uma Audiência pública (se houve, não fui informado) a respeito do tema, suas intenções e serviços que seriam prestados foram gritantes e a população sandumonense também errou porque se calou e, como dizem, quem cala consente. Agora o que resta a população de Santos Dumont são duas alternativas: o pedido de uma audiência pública (se fizerem um abaixo assinado com no minimo 50 assinaturas, a Copasa é obrigada a fazê-la em um local público e toda a comunidade estara convidada a comparecer)ou aguentar isso como está, passivamente, assim como fazem com a tarifa de ônibus local, intermunicipal e com os motoristas mal educados com seus barulhentos veiculos às 3 da manhã. A opção é nossa: somos os donos dessa cidade! Vamos deixar que essas empresas continuem querendo mandar nos donos da cidade ou vamos nos mover, agir, ACORDAR. O que vai ser feito na nossa cidade vai ser bom? Ótimo! Ganharemos ICMS ecológico e o nosso cagado e mal tratado Rio das Posses vai ser despoluido. Isso é bom demais.Possivelmente receberemos recursos do CEIVAP Mas queremos ver o início das obras da ETE no Distrito industrial no Antônio Afonso e as outras duas ETE que não sei onde vai ser. Aí sim pagaremos felizes a tarifa de esgoto, porque estaremos vendo melhoria na qualidade de vida do nosso povo.
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