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domingo, 1 de novembro de 2009

Será somente nós?

Será somente nós que estamos revoltados com esta Administração Municipal?
Não nos parece.
Este descontentamento está se disseminando em todo o município e pode ser visto em publicações feitas em nosso jornais.


Estamos reproduzindo abaixo textos publicados neste final de semana:



"O Luto da Glória

Enquanto a história registra o domínio dos ares;
Os estrangeiros a inquestionável conquista;
E a ciência o inolvidável marco;
Aqueles que tiveram a honra de ter por berço o mesmo solo de seu mais brilhante filho, se calam.
Acomodados no silêncio das comemorações de uma data que revolucionou o mundo, restam aos sandumonenses, naturais da terra do Pai da Aviação, dormirem até mais tarde, aproveitarem o comércio das cidades vizinhas, deixando lá suas economias contribuindo assim para o crescimento das mesmas.
É o município de Santos Dumont, berço do grande desafiador dos ares, dormindo no silêncio da lembrança.
É profundamente lamentável.
Quiçá veremos o dia em que os homens reconhecerão o valor da autenticidade dos verdadeiros heróis, a fim de que se transfira o reconhecimento da galeria das conveniências para o verdadeiro preito de gratidão.
Até lá nos resta amargos pêsames."

Carmen Beatriz Hauck Palmieiri
Marcos Vinícius Montessi do Amaral
Publicado no Jornal Mensagem



"Casa da Mãe Joana"
(Qualquer semelhança, é mera coincidência!)

Desde criança, ouvi dos mais idosos a expressão "Isto aqui, mais parece a "Casa da Mãe Joana"”, quando queriam se referir à bagunça existente em determinado setor, mesmo da casa onde se morava. Desejando saber a origem de tal expressão, fui encontrar uma colaboração do leitor, de nome Wagner (SP), enviada em 15/01/2009, extraída do Dicionário Informal. Eis a origem desta expressão:

"A expressão "Casa da mãe Joana" alude a lugar em que se pode fazer de tudo, onde ninguém manda, uma espécie de grau zero de poder. A mulher que deu nome a tal casa viveu no século XIV, chamava-se, obviamente, Joana e era condessa de Provença e rainha de Nápoles. Teve vida cheia de muitas confusões. Em 1347, aos 21 anos, regulamentou os bordéis da cidade de Avignon, onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: "O lugar terá uma porta por onde todos possam entrar". "Casa de mãe Joana" virou sinônimo de prostíbulo, de lugar onde impera a bagunça, mas a alcunha é injusta. Escritores como Jean Paul Satre, em “A prostituta Respeitosa”, e Josué Guimarães, em “Dona Anja”, mostram como o poder, o respeito e outros quesitos de domínio conexo são nítidos nos bordéis. “Isso aqui virou a casa de mãe Joana!"

Tomando como modelo o "dito popular", este colunista, diante do que acontece em nossa cidade, pode afirmar, sem sombra de dúvida, que a cidade de Santos Dumont tornou-se uma verdadeira "Casa da Mãe Joana". Basta percorrer qualquer rua do cento da cidade e dos bairros, como exemplo, as ruas Prefeito Paulo Vieira Marques c Amadeu Boza, para se concluir que estou com a razão.

Os "passeios públicos", que deveriam ser um caminho seguro para pedestres, especialmente os mais idosos ou deficientes, isto não acontece: cada proprietário que adquire o seu automóvel, verificando que sua casa está edificada em nível que não admite a existência de uma garage, encontra a solução construindo degraus inadequados c perigosos e aí instala seu veículo. A população que se dane!

Nossos jardins (se se pode dar esta denominação ao que existe) são locais que em tempos mais distantes eram utilizados pelos pais, que levavam suas crianças para brincarem. Os canteiros eram floridos e as famílias ali se encontravam para um bate-papo, enquanto a criançada se divertia. Hoje, tornou-se o local preferido de mendigos, onde qualquer pessoa instala "escorregadores", "pula-pula", etc. As famílias desapareceram e o poder público não está nem aí.

Certamente seus ocupantes devem estar gozando as delícias da vida, em praias, casas de campo, etc., nos fins de semana! Muitas vezes fico meditando nesta trágica mudança de comportamento, e vem uma saudade enorme de um encarregado de obras da Prefeitura - Aníbal Ferreira da Silva - que em uma modesta bicicleta percorria as principais vias públicas da cidade intimando aqueles que deixassem entulhos ou material de construção ocupando os passeios, dando-lhes o prazo impreterível de 24 horas para a desocupação, e a multa era pesada para aqueles que não cumprissem o prazo estabelecido.

Os jardins eram bem cuidados, com zeladores eficientes. Sabem quantos servidores a Prefeitura tinha? Aproximadamente 200. Hoje, com um número que deve ultrapassar a 1000, as coisas estão desta forma. Falta o que para funcionar? Pulso e visão administrativa!
No último sábado de cada mês eles aparecem para receber o pagamento, do que devia ser pelo trabalho executado durante o mês. Será que todos mereceram o salário que vão receber?"


Sabino Lima Soares
sabinolimasoares@yahoo.com.br
Publicado no Jornal Mensagem


"O reverso de Entre Rios"

Luciano Pires é um cidadão feliz, muito feliz, encontrar uma comunidade como a de Entre Rios deve ser fantástico num país onde a mediocridade toma rumos que nos envergonham.
A cidade que escolhi para morar e viver é justamente o reverso de Entre Rios - saiba mais lendo a coluna de Luciano Pires/Jornal Panorama Regional.
Cooperativa por aqui não vemos, ao contrário, presenciamos os problemas que o comércio e a indústria local enfrentam, justamente por não usarem armas que pequenas comunidades descobriram e que as fazem melhorar tanto no comércio como na indústria.
Não precisamos ir muito longe, a 150 quilômetros daqui, o município de Cataguases possui uma Cooperativa, a Coopemata, com filiais em cidades circunvizinhas e lá eles iniciaram o movimento que encantou Luciano Pires, a chamada moeda do terceiro milênio, o cooperativismo, que alavanca o progresso, fornece capital de giro a preços irrisórios, subsidiados pelos próprios cooperados, como principal fomentador em seu início, a prefeitura, que empresta algumas dezenas de milhares de reais e impulsiona a Cooperativa, que na medida que os cooperados investem recebe de volta tudo que investiu, afinal, dinheiro público não é para se jogar fora, mas a prefeitura fomenta o desenvolvimento e recebe de volta o que emprestou, com juros.
Lamentavelmente parece que uso o Mandarim para me comunicar e não o Português, nestes mais de vinte anos de edição deste semanário onde tento contribuir para o desenvolvimento sócio-cultural de nossa cidade e região, sem que seja entendido, a não ser em raras oportunidades onde o prazer de contribuir com minhas idéias são recompensados com as felicitações daqueles que entendem a importância de um veículo de comunicação indempendente a circular no município.
Mas confesso que a decepção fala mais alto por viver no reverso de Entre Rios, onde até no esporte o escândalo tomou conta, tornou-se alvo de investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que confirmou todas as denúncias apresentadas em nossas páginas na metade do ano de 2008.
Ao contrário de Entre Rios, apesar de nosso potencial, nossos governantes continuam a agir de forma politicamente errada, por isso vivemos o retrocesso, em um reverso de Entre Rios."


Editorial do Jornal Panorama Regional
Publicado no Jornal Panorama Regional

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