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domingo, 11 de abril de 2010

A cada dia que passa, uma nova decepção...

Com a proximidade do "início" da campanha eleitoral, todos nós podemos esperar surpresas e muitíssimas decepções, velhas e novas.

O rol de desilusões tende a aumentar a cada dia, até chegar o dia 3 de outubro e, acredito, será muito maior depois dos resultados, sejam eles quais forem.

Os políticos brasileiros, na sua grande maioria, quando chegam ao poder e ocupam os seus "carguinhos", tão almejados, esquecem-se de que são pessoas comuns e que apenas estão nos cargos, enquanto for a vontade do povo que os elegeu. Imaginam-se deuses, todo- poderosos e acima de tudo e de todos. Esquecem-se de que a Lei é feita para todos e que deve ser cumprida por todos.

Exemplo disto é o "chefe" maior da nossa república. Em uma declaração infeliz, por não aceitar a condenação pela Justiça Eleitoral ao pagamento de multas por antecipação de campanha eleitoral, disparou:

1- “De vez em quando, eu sou multado. Eu fico preocupado porque eu não posso transgredir nada e preciso medir minhas palavras aqui.”

2- “Nós não podemos ficar subordinados, a cada eleição, a que um juiz diga o que a gente pode ou não pode fazer. Então é preciso que a gente assuma o papel de partido político e decida o nosso destino, não ficar permitindo que o nosso destino fique correndo de tribunal pra tribunal

3- "Quando eu estiver fora, vou ter força para evitar que se faça com a Dilma o que fizeram comigo em 2005. Vou gritar mais, vou ter mais liberdade. Não vou ser instituição. Vou arregaçar as mangas para fazer a reforma política, porque não podemos ficar subordinados ao que um juiz diz que podemos ou não fazer. Vou poder gritar mais, perturbar mais."

Todo político, não somente o Presidente da República, não pode transgredir em nada e precisa, sim, medir as suas palavras.

Por ser o representante do povo, ele não deve expressar a sua opinião pessoal e a sua vontade. Ele deve esquecer-se de que, enquanto estiver exercendo o seu cargo, suas opiniões pessoais devem ser sublimadas e emitir somente a opinião do coletivo.

Por que os políticos não podem ficar subordinados à regras?
Por que, em oito anos de governo, o Presidente Lula não promoveu a reforma política?

Em uma tentativa de tentar minimizar as declarações feitas, o Presidente Lula diz: “Jamais pensei em fazer crítica ao poder Judiciário. Fiz crítica aos partidos políticos. É verdade que eu dei motivos para quem tenha má-fé interprete que eu tenha feito crítica ao poder Judiciário. Hoje, tudo vai para a Justiça porque os partidos não tiveram coragem de regulamentar."

Não é função do Poder Executivo ficar elaborando leis (cabe a ele sancioná-las ou não). Por que o Presidente Lula, que teve nos seus quase oito anos de governo uma grande maioria parlamentar, não conversou com os seus aliados no Legislativo e promoveu a regulamentação?

Uma outra declaração infeliz, do Ministro Marco Aurélio Garcia: "O presidente do Supremo Tribunal Federal deveria talvez falar mais nos autos e menos nos microfones. Um presidente da Corte Suprema deve falar mais nos autos. Essa é a boa tradição jurídica brasileira".

Este foi o recado:

Para o povo: fique de boca fechada, quietinho e acomodado.
Para o trabalhador: execute suas funções no anonimato e calado.
Para os políticos: todas as luzes, câmeras e microfones.

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