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quarta-feira, 7 de abril de 2010

As lições que devem ser tiradas das tragédias

A falta de planejamento urbano e o desrespeito à natureza estão aumentando as tragédias no Brasil e no mundo, causadas, principalmente por águas e ventos.

É muito triste, quando ligamos a tv ou acessamos a internet, assistirmos às cenas de destruição e mortes, que estão se tornando uma constante. Pessoas perdendo seus pertences, suas casas e o seu mais precioso bem: a sua vida ou de um ente querido.

Antes de desejarmos novos poços de petróleo, construírmos cidades administrativas de 1° mundo, concedermos empréstimos ao FMI, defendermos com unhas e dentes governos ditatoriais e outros, é preciso pensarmos em saneamento urbano, melhores condições de saúde e construção de moradias dignas para uma população que vive amontoada em barrancos.

Não devemos e nem podemos nos revoltar com os desígnios de Deus...
Ele é o único conforto de cada um de nós!

O Brasil está em fase de crescimento, mas de nada adianta crescer e enriquecer se a população, que contribui com este crescimento, é refém e fica sem proteção, à mercê destes acontecimentos, por falta de investimentos e omissão do poder público!

Espero que as autoridades do nosso Município estejam assistindo a tv e se sensibilizando com estes horrores, cada dia mais frequentes, e planejando uma vida melhor para a sofrida população sandumonense, agradecendo a Deus que está lhes dando o tempo e a oportunidade para planejar.

Para minimizar ou mesmo prevenir as consequências de uma tragédia, planejar é preciso...


"Diante das tragédias da natureza, só nos resta tremer, calar, sentir-nos impotentes diante dos atos de Deus. Mas o que aconteceu no Rio também nos obriga a ver que, quando as águas rolam, dá pra perceber com mais clareza, a outra tragédia: a social.

O Rio, limpo, é uma cidade povoada por pessoas pobres, sem amparo... Não na hora da chuva, não... Desamparados no sol, na normalidade, que prá elas nunca é normal.

Os mais privilegiados vêem a tragédia, com horror, na televisão ou ao vivo.

Estas tragédias revelam-nos as décadas de escravismo disfarçado, as décadas de encostas precárias... Dá prá ver a ignorância das vítimas que se recusam a sair do perigo, dá prá ver o sofrimento mudo de tantos seres invisíveis, que não notamos no dia-a-dia. O sofrimento que só grita e chora quando filhos e pais morrem na lama.

Estamos vivendo dias terríveis, feias imagens, sem nos esquecer dos governantes que, no passado, ajudaram a piorar muito a cidade e o estado.

Tragédia é o que a chuva nos mostra..."


Autoridades deixam a ocupação irregular
crescer - Jornal Nacional - 07/04/2010

"Para o especialista em planejamento urbano Sérgio Besserman, a tragédia das últimas chuvas mostrou que a remoção de casas em áreas de risco não pode mais ser adiada.
“Onde há risco de vida para as famílias, é uma obrigação do estado realocar ou impedir que o evento ocorra”, disse.
Pela Constituição, é obrigação dos municípios a ordenação e o planejamento do uso do solo urbano. Cabe também às prefeituras o controle e a remoção de casas que estejam em áreas de risco.
“A remoção deve ser medida em termos do transtorno que causa ao cidadão. Se ele permanece em uma área de risco, ele causa um transtorno à sociedade e todos vão pagar por aquilo. Então, a área que é desocupada nesses termos deve ser substituída por outra área de ocupação. Não basta dar o loteamento para construir as casas. Você tem que prover para essa nova área um planejamento urbano integral: esgoto, água e, principalmente, meio de transporte”, explicou o professor da COPPE – UFRJ, Moacyr Duarte.

Sem controle e planejamento adequados, a conscientização muitas vezes é feita pelos próprios moradores.

A remoção com dignidade pode ser mesmo a única forma de evitar mais mortes e proteger os sonhos de uma vida inteira."

Imagem do Blog Desafio de Viver

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