-Alô? -Quem fala? -É o Zé! -E aí, Zé? Como vão as coisas? Que está mandando? -Ah! Antôim, eu iaí na roça, mais o treim tá fei aqui. -Por quê? -Eu tava quereno iaí, né, prá nóis proziá mucado, passá o natal cuntigo, levá minha famia, mais num tá teno jeito de saí daqui da roça não moço. Tá uma barraria doida aqui, muinto buraco e esse tempim piora mai mucado. Aí fica difíci de saí! A nossa prefeitura num toma previdência ninhuma. Esquecero a roça... Que tá aconteceno homi? -Nossa, Zé! Que pena que não pode vir! Gostaria tanto de passar o natal com você e sua família! Mas essa questão de buraco não é só aí. Aqui também a coisa está feia! É buraco prá todo lado! Para você ter uma idéia, tem buraco até na frente da prefeitura. -Vixe Maria! O que que é isso?! Toda vez que vô na cidade teim argum pobrema de buraco! Ô cidadezinha sô! Eu tava leno no jorná Panurama essa sumana daquela rua são dumingo. Que que é aquilo, homi! Li tamem aquela da istrada para acessu prá fazenda ...