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domingo, 8 de novembro de 2009

Dia Mundial do Urbanismo

Hoje poderíamos estar comemorando uma bela urbanização de nossa cidade, se tivéssemos pessoas competentes na gestão pública. Como não as temos, somente resta-nos lamentar e alertar aos nossos leitores.

Como 2010 é um ano diferente, de repente, por milagre, os agentes políticos podem começar (só começar) a mostrar serviço e a cidade se transforme em um canteiro de obras, tentando enrolar o eleitor menos esclarecido. A embromação vai começar. Colocarão placas de obras, que ficarão plantadas meses. Depois, iniciarão as obras bem lentamente para que todos fiquem entusiasmados e a euforia coletiva influencie o dedinho que vai digitar o número na urna eletrônica. Conhecidos os resultados das eleições, como o povo já cumpriu o seu compromisso, eles podem não cumprir o deles e tudo voltará ao que era antes. Tudo parado e uma cidade insustentável.

Esperamos estar equivocados, mas não achamos que estamos. Quando a descrença se abate, é muito difícil ser combatida e será necessário acontecer um fato grandioso para recuperar a crença perdida.

Segue abaixo, além de uma republicação de matéria, trechos retirados de outros sites, que nos explicam o urbanismo e os requisitos para que uma cidade seja saudável.


Temos memória
(publicado em 12/06/2008)


Há alguns dias passados, recebemos um e-mail de um morador da Praça "Bias Fortes" dizendo-se indignado pelo descaso com as praças de nossa cidade. Ele sabe sobre o projeto ROTA 14-Bis e que a verba foi liberada em 2006, para ser aplicada na melhoria e remodelação de nossa Santos Dumont.

Então, resolvemos abordar mais uma vez o tema.

E-mail do leitor indignado, Fábio.
"Fico indignado pelo estado de conservação da Praça Bias Fortes (Jardim de cima). Há 54 anos que eu convivo nesta área. Nasci e fui criado tendo esta praça como ponto de referência considerada uma área saudável. No entanto, hoje ela está abandonada; feia; suja; sem manutenção, com árvores doentes e postes caindo. Em cidades bem menores que a cidade de Santos Dumont, as praças são consideradas um cartão postal. O mais agravante aqui, é que as praças de nossa cidade são tombadas pelo Patrimônio Histórico, portanto, verbas devem existir para sua manutenção. Onde ela está?

Espero que mais pessoas se manifestem, antes que vejamos em nossa cidade a degradação total de nossos espaços, como ocorrido com o Sanatório.

Acredito que a voz do povo ainda é a melhor arma contra o descaso político." - Fábio

Para presentear a nossa cidade, nas comemorações do Centenário do vôo do 14-bis em 2006, O MINISTÉRIO DO TURISMO liberou recursos para ELABORAÇÃO PROJETOS DE INFRA-ESTRUTURA, SINALIZAÇÃO TURÍSTICA, REVITALIZAÇÃO DE PRAÇAS E PRÉDIOS HISTÓRICOS E CONSTRUÇÃO DE PÓRTICOS.

Foi elaborado o projeto da Rota 14-Bis, que embelezaria as principais ruas e praças de nossa cidade, que nós, do Possante On Line, somos sabedores de como e quem o iniciou.




Chegou o ano de 2006 e em novembro foi liberado R$ 1.000.000,00, sendo o restante, R$ 1.500.000,00 liberado em dezembro do mesmo ano, com vigência prorrogada até 30/09/2008 e com uma contrapartida (R$ 500.000,00) da Prefeitura Municipal. (clique aqui e conheça o convênio)

Festejamos o “Primeiro Centenário do Vôo do 14-bis” e na noite de 17 de agosto de 2007 (quase um ano depois), nas dependências da Associação Comercial – ACIASD, foi feito um primeiro dos três contatos dos estudos do projeto Rota 14 BIS onde o público presente, teve a oportunidade de ouvir e comentar o que se propunha.

O principal objetivo da ROTA 14 BIS, seria a remodelação e adequação do centro da cidade propriamente dito, para atrair os turistas que circulam pela BR-040 e visitação à cidade do Pai da Aviação e seus pontos turísticos. Também proporcionaria ao cidadão sandumonense uma melhor visão e aproveitamento da cidade, destacando principalmente a figura importantíssima de Alberto Santos Dumont, com seus feitos e sua história na aviação.

Novas oportunidades seriam dadas ao povo sandumonense para conhecer melhor o que seria feito em nossa cidade, em nossas ruas e praças, com novas apresentações semelhantes a que foi feita.

Estamos quase no final do ano de 2008, final de mandato, vigência da verba prorrogada para 30/09/2008, o povo foi feito de palhaço quando convidado à reunião, a cidade está um lixo, as praças abandonadas e até hoje nada. Somente alguns buracos que foram feitos na Praça Cesário Alvim, com mangueiras enfiadas para dizer que a obra foi iniciada.

O que foi feito da "ROTA 14-bis ?


Praça Cesário Alvim




Praça Bias Fortes





E a Verba do Convênio ?

Será que vamos perder a verba deste convênio que iria embelezar um pouco a nossa querida cidade?

O povo está cansado de ficar à mercê de políticos e assessores que só fazem aquilo que lhes dá na telha, sem ouvir as pessoas.

Por que “iniciar” a execução de projetos aprovados somente no final de mandato? Para dizer à população que não se pôde continuar devido ao período eleitoral? Será que a população iludida, vai acreditar que esta obra será terminada?

Não venham me dizer que a Prefeitura não tem os R$ 500.000,00 para a contrapartida.

Acreditamos que a resposta a essas perguntas e a outras que não foram feitas virão.

Torcemos para que seja eleito aquele que tem as melhores intenções e que, finalmente, termine as obras inacabadas em nosso município.

Chega de sermos feitos de palhaços!


As cidades se tornam cada vez mais complexas e o homem busca cada vez mais simplicidade. Numa expressão: qualidade de vida. O poder viver hoje é cada vez mais difícil. Não só para pobres, pois se descobre lentamente, mas definitivamente, que não há como existir dois tipos de seres humanos, os que podem viver e os que não podem viver. A "ponta do iceberg" é a violência urbana que destrói uns imediatamente, e ameaça a destruição dos outros em questão de tempo.

O desafio do profissional urbanista é transformar inquietações e observações, dúvidas e convicções, teoria e prática, em uma resultante de dimensões humanas, pois a cidade é do homem "como o céu é do condor". Isso requer uma imensa dose de esforço e dedicação pessoais, requer o "pé-na-lama", pois o urbanista, como nós delineamos, não se faz apenas em gabinetes, ou nas convicções pessoais, ele vive o urbano, por isso humaniza a cidade. Não é um simples trabalho, é amor e suor pela cidade, transformados em planos, projetos e pactos.

Isso mesmo! Pactos, pois as cidades, metrópoles e megalópoles só serão possíveis se conseguirmos criar um pacto urbano de convivência. O resultado é sempre uma possibilidade de avançar mais na sociedade, na democracia e na liberdade.

Assim é o Urbanismo, área do conhecimento, sempre incompleta, aguardando que nos prontifiquemos a colaborar, sem arrogância ou pretensão, porque nenhuma verdade científica é absoluta.

Assim é o Urbanismo, técnica, a buscar a eficiência e a eficácia, sem a prepotência da dominação, nem o desprezo pelo saber empírico popular. (Fonte: Sociedade Brasileira de Urbanismo)


"Uma cidade limpa, não é aquela que mais se limpa, e sim aquela que menos se suja"- Sérgio Baseggio

O urbanismo é a ação de projetar e ordenar as cidades para que elas se tornem melhores para se viver.

O Urbanismo, enquanto campo do conhecimento, se aplica ao estudo e investigação sobre a realidade do espaço urbano (e regional) e suas manifestações concretas, o que permite então agir, planejar e gerir este espaço com a elaboração de conjunto de propostas de intervenção física no espaço urbano, especialmente no seu traçado, para o seu embelezamento ou melhoria da infra-estrutura (também contemplando o saneamento e a circulação), utilizando-se de técnicas de arquitetura ou de engenharia.

Todas as cidades têm esse desafio e esta constante pressão. (Fonte: Jornal Opinião )

Segundo a OMS (1995), para que uma cidade se torne saudável, ela deve esforçar-se para proporcionar:

1) um ambiente físico limpo e seguro;
2) um ecossistema estável e sustentável;
3) alto suporte social, sem exploração;
4) alto grau de participação social;
5) necessidades básicas satisfeitas;
6) acesso a experiências, recursos, contatos, interações e comunicações;
7) economia local diversificada e com inovação;
8) orgulho e respeito pela herança biológica e cultural;
9) serviços de saúde acessíveis a todos e
10) alto nível de saúde.

A nossa Santos Dumont não atende a nenhum destes requisitos, por isto é uma cidade insustentável, com uma gestão pública que está se tornando insuportável.

Um comentário:

  1. Nossa! Fiquei sabendo de coisas que não tinha conhecimento. Choquei. Infelizmente é isso aí. Lamentável como o poder e o dinheiro corrompe.
    Lamentável. Por isso que um gari é como uma coisa qualquer, ninguém o enxerga. Esse gari representa o povo diante do poder, o poder não o enxerga, apenas enxerga o que ele pode fazer de bom. O gari limpa. O povo vota. Que pena que vota errado, ou será que não tem em quem votar?

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