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Política e Transportes

O crescimento do número de carros comprados é tamanho que já chega ao absurdo de termos, em estatísticas, a constatação de que em algumas classes sociais há mais de três carros por casa. Em se tratando de motos, o número de jovens que estão adquirindo motos, não se importando se é de motor possante ou apenas para rodar na cidade, cresceu na mesma proporção.

O problema maior é que a maioria das cidades que não foram projetadas e, se o foram, suas ruas são do tempo de nossos avós!

Hoje, as cidades estão no limite com relação ao fluxo de veículos, o que torna-se um transtorno para passageiros, pedestres, motoristas e motociclistas.

Em cidades metropolitanas, há a possibilidade da implantação do sistema de viadutos, desvios para áreas desabitadas, mas e nas médias e, principalmente, nas pequenas cidades? Onde fazer viadutos, se só temos casas velhas e/ou conservadas? Onde fazer desvios, se não possuímos áreas desocupadas e em poder do Estado para este tipo de empreendimento? O tempo está ficando curto e as decisões precisam serem tomadas já!

Quem irá assumir a responsabilidade de alterar a linha de tráfego de nossas cidades? Temos fluxo de trens, o que poderia ser uma solução, mas o que vemos é o total desinteresse em atender ao povo e o total descaso em procurar encontrar as soluções para isso.

Afinal, a preferência é pelo transporte que gera lucros e abona seus gestores com rios de dinheiro. Enquanto houver a cobiça pela grana, pelo lucro, pela mordomia de se poder viver bem – para os poderosos – não haverá tendência de melhora.

Poderíamos ver a volta de trens de passageiros, com custos mais baixos e com horários de intervalos maiores para o fluxo do transporte de carga, mas atendendo ao povo, principalmente nos horários mais críticos, a entrada e saída do trabalho.

O que vemos são empresas atuando nas mais diversas cidades e localidades, com o monopólio mesquinho de linhas que não podem ter concorrentes. Um absurdo no mundo moderno, onde a lei da melhor oferta é a da melhor qualidade.

Hoje, preço não é o problema quando há qualidade. Se houvesse a concorrência para as linhas de transporte urbano e interurbano, teríamos mais qualidade no atendimento ao usuário, com ônibus mais confortáveis, motoristas mais capacitados, linhas mais higiênicas e, com certeza, o preço a ser cobrado seria compatível com o serviço apresentado.

Hoje o que temos? Uma linha para atendimento e preço sem qualquer qualificação para o que oferece aos usuários.

A inclusão de melhorias deve passar pela qualidade das pistas, sejam elas urbanas ou interurbanas. Em nossas ruas e avenidas o que vemos é uma festa de buracos, uma festa de desníveis, uma festa de irregularidades.

Nas nossas BR’s e MG’s e tantas outras rodovias estaduais e federais o asfalto é dos piores, falta acostamento, faltam placas explicativas e indicativas e o mato toma conta, dando chances para os oportunistas de plantão para colocar seus planos de roubo em ação. Falta, até mesmo, a marcação de linhas nas pistas.

A melhor forma de se reformar as vias de transportes é a maneira mais rápida para solucionarmos nosso problema de crescimento econômico. Melhoraremos, inclusive, a qualidade de vida dos usuários: mais rapidez ao transporte, maior qualidade, produtos chegando com maior eficiência e sem danos aos seus compradores.

Em uma analise feita por mim, via internet, vi e percebi que não há interesse dos nossos políticos em fazerem tal melhoria.

Sabem por quê? Porque isso demanda tempo e fica fora do período que o político ficaria no poder e, ele não estando, como ficariam as obras? Paralisadas e jogadas, como já vimos em matérias de diversas mídias do país.

É neste ponto que pondero com nossos políticos: por que não fazer um corporativismo em favor do povo? Sim, em prol do povo, unindo e colocando leis que, de fato e de direito, façam com que em novas gestões as obras de necessidade básica – o que é de fato – sejam continuadas, de forma explícita e com urgência.

Sei que irão dizer que já existem leis parecidas, mas elas não são iguais.

O político eleito tem que ter obrigação de continuar obras, mas não é o que acontece. Eles as fazem ao seu bel prazer, porque as brechas daquelas leis que existem, não apenam os que deixam de cumpri-las.

Fácil não é? Que se mudem as leis, que se faça diferente, que se coloque algo novo e convincente e aí, quem sabe, ao invés de lutar por votos, o novo modelo de político conquiste o povo com as leis sendo aplicadas e se mostrando no(s) outdoor(es) dos mesmos.

Gostaria muito de ver e ouvir de um político a seguinte declaração:
“...não faço nada sozinho, não tenho poderes para lhe ajudar, preciso de mais parceiros para efetuar as mudanças que este país necessita, priorizo a lei penal, priorizo a lei de mudanças de transportes, priorizo a segurança publica, priorizo a real mudança da valorização dos professores, mas, sozinho não posso. Projetos farei e os apresentarei e vocês poderão acompanhar comigo tudo o que farei via o site da câmara e bla bla bla...”

Alguns podem dizer: isso eu já faço, mas colocam em prática? Estão longe de fazê-lo!

São árvores isoladas, crescendo sozinhas, sem bichos, sem larvas, sem qualquer tipo de agressão: ficam lindas e graciosas, quando colocadas em meio a trepadeiras, ervas daninhas, parasitas e enfeitadas com belas orquídeas, lindas e que usam a árvore para seu crescimento, se esquecendo daquilo a que se propuseram.

Nossos políticos infiltram-se no meio e deixam-se usurpar por detalhes sórdidos e se aproveitam deles, mas, como a sua força não fica prejudicada, por que se importar? Enquanto “o deles” estiver caindo e aquele que usurpa não se incomoda, estão na paz.

Faça do seu dedo a tesoura, um remédio muito eficaz contra as ervas daninhas!

Cure os políticos destes apegos e elejam, de fato, aqueles que se interessam pelos valores e desejos do povo. Que as promessas sejam cumpridas ou pintaremos nossas caras e pediremos o impedimento de todos.

Este poder eles nos deram e nós podemos. Basta querer. Mas, como eles sabem que somos politicamente medrosos, vão continuar rindo e comendo as nossas custas.




Marcio de Queiroz
O Filho do Cara

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