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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

"Terra do mais ou menos"

Estávamos nos recusando a chamar a nossa querida cidade de "Sucupira", como tantos outros já o estão fazendo, mas observando coisas absurdas acontecendo, teremos que nos render à opinião de populares e aceitar, tristemente, o apelido.

A agência da Caixa Econômica Federal, preocupada em atender aos portadores de necessidades especiais, iniciou a sua obra de adequação, atendendo à legislação específica.

Gostaríamos de saber, em quais leis os engenheiros do projeto se basearam para fazer tal obra e em quais instituições de ensino os mesmos conseguiram os seu diplomas.

E a Prefeitura Municipal? Liberou o alvará para a reforma nestas condições, aumentando a área do prédio e autorizando este acréscimo?

Se as coisas continuarem desta forma, outros começaram a fazer o mesmo e poderão surgir novos acréscimos em outros prédios ou, quem sabe, até construções no meio das vias públicas.

Todos são iguais perante à Lei e se um pode, todos podem!

Não é possível aceitarmos a construção de uma rampa, fora do alinhamento dos prédios existentes e, após esta rampa, serem acrescentados degraus para uma escada. Onde estão as leis? Onde estão os fiscais desta obra?

Quando a Prefeitura faz um convênio com a Caixa Econômica Federal, existem uma série de exigências para a liberação dos pagamentos às empreiteiras: projetos adequados e executados dentro das normas legais. Ela age na fiscalização e até os embarga, bloqueando os recursos até que estejam adequados.

Como podemos acreditar na seriedade deste órgão que, para adequar a sua agência, está invadindo um passeio púlico, colocando obstáculos e desrespeitando uma área do cidadão?

Se a CEF, que é o agente fiscalizador de obras públicas, está fazendo isto, podemos esperar o quê? De quem?

Mais uma vez o nosso dinheiro está sendo jogado no lixo, pois estamos financiando este "belo serviço"que irá limitar ainda mais o espaço que temos para circular livremente e atender às "necessidades especiais" de uma empresa do setor financeiro (não dos portadores de deficiência), "ajudando-a" a encher ainda mais os seus cofres.

Um outro pequeno detalhe e grande no absurdo: no espaço aéreo da garagem da sede da Prefeitura, o Palácio Alberto Santos Dumont, um prédio tombado pelo Patrimônio Público, foi construída uma chaminé para atender às necessidades de particulares, que necessitavam alugar um imóvel para abrir a sua empresa.

A empresa foi aberta, a "Casa do Pastel" e, após ter conseguido a benesse de ter a sua chaminé jogando a fumaça na Prefeitura, ainda tem o direito de expor suas cadeiras e mesas durante todo o dia no passeio público, porque o imóvel locado não suporta a quantidade do mobiliário e, à noite, pode usar e abusar, esparramando tudo por onde quiser.

Na "Terra do mais ou menos", as rampas de garagens são construídas sobre os passeios e invadem as vias públicas, alguns postes estão colocados no meio do caminho do cidadão, bicicletas estacionadas em qualquer lugar, mini "outdoors"com propagandas de eventos espalhados pelo Calçadão da Rua Antônio Ladeira, camelôs vendendo seus produtos no espaço público e as coisas continuam como se não estivesse acontecendo nada.

Providências urgentes precisam e devem ser tomadas para coibir os abusos. Não podemos ficar à mercê daqueles que se acham os donos da cidade, sempre beneficiados naquilo que necessitam.

O povo de Santos Dumont, principal e único financiador de toda esta farra e que faz esta cidade funcionar, precisa ser respeitado no seu direito constitucional de ir e vir, não ficando cada vez mais oprimido e humilhado!

Comentários do Espaço do Cidadão:

"Me recuso a acreditar que a nossa administração não vai tomar atitudes, pois, aqui está se tonando a SUCUPIRA onde Odorico Paraguaçu não está nem ai para o povo. Tenham fé nunca desistam, somos brasileiros."

"Enquanto caminhava pelas ruas de Sucupira, desviando-me ora dos buracos ora das sujeiras, penitenciei-me por nada ter escrito sobre ACESSIBILIDADE. Estamos condenando nossos deficientes e nossos idosos a não saírem de suas casas - passeios inteiros destruídos, ruas esburacadas, postes em locais inadequados. O descaso, visível a qualquer um, não é enxergado, no entanto, pelas autoridades. Eles não perambulam pelas vias maltratadas, se não já teriam tomado medidas corretivas. E podem escolher a rua que quiserem... Não bastassem as limitações físicas, nossos deficientes e nossos idosos padecem enquanto nossos gestores dormem! Não, eles não dormem, andam pelas nuvens... "

"TERRA DO MAIS OU MENOS - Na terrinha, o "império da lei" funciona mais ou menos até às 17h... Depois, vale a lei do mais ignorante, do mais hostil, do mais mal-educado. Ou será que exagero? Não foi apenas a Lei n. 4.046 que não "colou" - são tantos os dispositivos legais "nascidos mortos" que ouso pensar: - Precisamos mesmo de uma Câmara Municipal para legislar? Afinal, legisla para quem? Gastamos recursos em demasia, papéis em demasia, debates em demasia. Nos enfastiamos de leis... para logo ali na esquina serem desacreditadas. Em Sucupira, as leis não existem para serem cumpridas. Existem para desacreditar a Democracia! E estão conseguindo... Saibamos exigir dos agentes públicos o cumprimento do dever legal. Afinal, prevaricar ainda é crime. Mesmo em Sucupira. "

"Na cidade de Sucupira, terra não tão imaginária de Dias Gomes, buscavam um morto para enterrar e assim inaugurar o cemitério municipal. Aqui em Santos Dumont, mortos não faltam, mas abunda o desrespeito para com aqueles que partem. Sobra dor e transtornos para os que ficam. Falta-nos um “plano diretor” para nosso campo-santo. Não há, por exemplo, cuidado no estabelecimento de espaço mínimo entre um sepulcro e outro. Amontoados, é quase impossível a colocação do esquife. E esse não é o maior dos problemas ali existentes. Bem sei que naquela morada as reclamações não serão ouvidas pelos VIVOS ADMINISTRADORES. Afinal, não nos ouvem, nós que aqui ainda estamos!, quiçá a nossos irmãos cujas bocas foram seladas pela morte. Mas nossa boca ainda vibra o bastante para pedir socorro e exigir reformas. "

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Um comentário:

  1. é dificil nobre Aylce, e olha que andam cobrando dos proprietarios dos bares e restaurantes do calçadão, mas, acontece que lá, tem um regulamento qdo da obra do calçadão que dá direito aos proprietarios utilizarem da forma que vem sendo usado. mas, como a choperia foi notificada e o proprietario que vive de verbas adquiridas por meio de licitações da prefeitura, foi denunciado, alguem mais deveria agar o pato. mas, há leis e os que nela se baseiam e podem ter seu uso, nada mais justo do que utiliza-las. e aos que não tem onde se basear, que se ajuste o mais rapido possivel.

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