Basta de Violência!

Nossa cidade, antes tranquila como tantas outras, vê aterrorizada, o aumento da violência e todos nós estamos nos perguntando: o quê fazer e como nos proteger?

Não podemos ficar culpando e jogando todo o ônus sobre a Polícia que, na medida do possível, faz a sua parte: prende o infrator. Se ele é solto e volta para as ruas para cometer novos delitos, a culpa não é do Poder Judiciário, que também faz a sua parte e se baseia em leis que dão este direito ao delinquente de ser libertado.

De quem é a culpa? Das leis vigentes neste País.

Quem elabora as leis? O Poder Legislativo Federal que é composto de Deputados e Senadores, eleitos por nós, que também deveremos ser responsabilizados porque não estamos sabendo eleger os nossos representantes.

Não se mudam estas leis porque não é interesse da maioria dos Deputados e Senadores. Como a lei é para todos, em caso de algum delito destes "nobres", eles se beneficiarão, poderão responder em liberdade ou serem internados em clínicas e julgados ininputáveis. Enquanto aguardam, poderão cometer novos delitos. Como nós os remuneramos muito bem, podem pagar bons advogados que sempre encontrarão uma brecha na lei para inocentá-los.

Sabemos que o número do efetivo de policiais em Santos Dumont, em comparação ao número de habitantes, é pequeno, mas isto não é culpa dos policiais, que fazem a sua parte, com péssimos salários e condições de trabalho.

O Governo do Estado de Minas Gerais estará promovendo um concurso para o preenchimento de 144 vagas na carreira de delegado e 205 na de escrivão. A Polícia Militar formou novos Técnicos em Segurança Pública no dia 29/04 e a Secretaria de Estado e Defesa Social realizou um Processo Seletivo Simplificado para preenchimento do quadro de pessoal e formação do quadro de reserva para a Unidade Prisional de SANTOS DUMONT.

A Segurança Pública é um dever do Estado e um direito do cidadão. O Governo do Estado é o responsável pelo efetivo das cidades, pelos fornecimento de todos os equipamentos e por fornecer condições favoráveis de trabalho aos seus servidores. Se não estamos sendo atendidos em nossos direitos, é dele que devemos reclamar.

Nós, que acompanhamos o trabalho dos policiais, sabemos que eles trabalham muito e que não são onipresentes e nem têm o poder da advinhação. A população precisa ajudar e não pode se omitir. Não adianta reclamarmos, acomodados em nossas casas. Precisamos reagir!

É preciso denunciar irregularidades, o uso e o tráfico de drogas, agressões, furtos e roubos. Para isto, existe o telefone 181 - Denúncia Online, que mantém o sigilo do denunciante.

Há muitas reclamações sobre a demora ou não atendimento de solicitações. Com o baixo número do efetivo policial e de viaturas, esta demora pode ser uma priorização do atendimento: o fato mais grave será atendido em primeiro lugar.

E algo que não podemos nos esquecer: os policiais seguem determinações superiores. Se estas determinações estão incorretas, não podemos culpá-los. Nossos policiais são heróis, encaram a criminalidade de frente, com poucas viaturas e equipamentos... Temos apenas 3 viaturas cobrindo a cidade inteira, mas precisamos de uma viatura para cada bairro. Assim os policiais poderiam criar vínculos com a população e não precisariam percorrer quilometros, em alta velocidade, para atender uma ocorrência do outro lado da cidade.

Precisamos da Polícia Militar do nosso lado e não nos opormos a ela.

Nossa representatividade política precisa se unir e arregaçar as mangas para brigar pela nossa cidade. Precisamos de que toda a classe política faça uma corrente, una as forças para conquistar o que sempre nos foi negado.

Deputados, Prefeito e Vereadores: vamos acordar, criar um movimento e levar os números para o Governador.

Nossos índices de violência estão alarmantes e o nosso efetivo muito inferior proporcionalmente... Isto não é justo...

Segundo informações do Comando da Polícia Militar estaremos, em breve, recebendo 10 novos policiais para o nosso efetivo e 7 para os destacamentos.

Vamos comprar essa briga: vale a pena, vale nossa vida...

Texto para reflexão: A segurança pública e a sociedade