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Cícero e as eleições


13/06/2012

Estamos vivendo, por várias motivações, um ano atípico. Destaque para o “tsunami financeiro/monetário” internacional, com efeitos colaterais em nossa economia, o aumento da pressão da FIFA, sobre o cronograma das obras dos estádios para a Copa de 2014, realização das Olimpíadas em Londres e, a mais expressiva de todas, as eleições municipais no Brasil.

Que os políticos priorizem a redução (contínua) do custeio da gestão pública, o aumento da taxa de investimento e a elevação do grau de conhecimento do cidadão brasileiro. Mudança de foco: do consumo para a produtividade, que significa fazer cada vez mais, e melhor, com cada vez menos.

A política nos leva ao Império Romano, o mais badalado da história da humanidade, e a citação do ensinamento do célebre Cícero (106-43 A.C.) – filósofo, advogado, escritor, político e o maior orador romano: “temos que equilibrar o orçamento, proteger o tesouro, combater a usura e reduzir a burocracia. Caso contrário, afundaremos todos.”

Ainda nos lembramos do estudo das célebres Catilinárias de Cícero, nas aulas de latim no colégio salesiano – Liceu N. S. Auxiliadora (Campinas).

Se todos os políticos, e os gestores públicos, tivessem lido, assimilado e administrado dentro do espírito desse pensador, não teríamos tanto endividamento inadequado em prefeituras, países literalmente falidos e baixo IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – mesmo quando o PIB – Produto Interno Bruno – mostra-se expressivo.

Que, políticos ou não, cada cidadão brasileiro não venda o seu voto por vantagens pessoais. Que o “jeitinho brasileiro”, a promessa de um cargo comissionado e o status social não nos façam reféns da nossa própria consciência, não nos tirem a sagrada liberdade de nos manifestar com ética e não nos transformem numa espécie de bonecos de ventríloquos.

Que o voto seja, muito além de um dever cívico, um direito que devemos exercer com responsabilidade social.

Encerramos com a frase de Peter Drucker (1909-2005), um dos mais célebres pensadores sobre Gestão Organizacional; “Não existem países subdesenvolvidos. Existem países subadministrados”.

Faustino Vicente
Consultor de Empresas e de Órgãos Públicos
faustino.vicente@uol.com.br
Tel.(011) 4586.7426 - Jundiai (Terra da Uva) São Paulo

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