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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O que é o PMDB?

"As palavras voam, os escritos permanecem." (tradução da carta de Temer, enviada à Presidente Dilma Rousseff) 

O Vice-Presidente, Michel Temer, não merece crédito e muito menos o PMDB. Afirmar em uma carta, que passou os 4 anos do primeiro mandato como vice decorativo é digno de pena. Se ele se considerava "decorativo", por que não renunciou ao cargo? E por que aceitou concorrer a um segundo mandato?

Se continua insatisfeito, ele não renuncia e está articulando o impedimento da Presidente para assumir o mandato. Somente desta maneira, o PMDB conseguirá ser o mandatário do Poder Executivo. Por votação direta, JAMAIS.promovendo por que não renuncia?
Nestes meus quase 60 anos de vida, nunca vislumbrei uma situação tão esdrúxula quanto a que este nosso País está vivendo no momento.

O PMDB, o maior partido político do País, somente concorreu, em 30 anos, com candidato próprio em 3 eleições e nunca conseguiu eleger um presidente da república pelo voto direto..

Em 1985, em uma eleição indireta, com uma chapa, encabeçada por Tancredo Neves(PMDB) e que teve como vice José Sarney (PDS). Venceu o PMDB, o candidato eleito morreu e assumiu o Vice.

Em 1989, o candidato do PMDB, Ulysses Guimarães, amargou uma derrota, obtendo somente 4,74% dos votos.

Em 1994, com Orestes Quércia também amargou outra derrota, com 4,38% dos votos.  Isto levou parte do PMDB a aderir ao Governo de FHC.

Em 1998, parte apoio FHC e outra lula.

Em 2002, o PMDB formou uma chapa com José Serra, para concorrer ao cargo de vice e perdeu, no 2º turno por 38,72%.

Mais uma vez, em 2010 e 2014, concordou em ficar no cargo de vice. Em 2010, o vice trocou de partido.


"Depois da criação do PSDB e a eleição presidencial que deu expressão nacional a outros partidos, o PMDB se tornou uma federação de lideranças regionais e perdeu expressão. Essa crise ajuda a mostrar como os rostos do PMDB são quase todos ilustres desconhecidos nacionalmente, muitos deles baseados mais em redutos eleitorais do que em plataformas sólidas." - Marcos Figueiredo, cientista político
https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_do_Movimento_Democr%C3%A1tico_Brasileiro

Participação do partido nas eleições presidenciais

Ano Candidato(a) a Presidente Candidato(a) a Vice-Presidente Coligação Votos  % Colocação
2014 Dilma Rousseff (PT) Michel Temer (PMDB) PT, PMDB, PSD, PP, PR, PROS, PDT, PCdoB e PRB 54 495 459 51,64
2010 Dilma Rousseff (PT) Michel Temer (PMDB) PT, PMDB, PR, PSB, PDT, PCdoB, PSC, PRB, PTC e PTN 55.752.529 56,05
2002 José Serra (PSDB) Rita Camata (PMDB) PSDB e PMDB 33.370.739 38,72
1994 Orestes Quércia (PMDB) Íris de Araújo (PMDB) PMDB e PSD 2.772.121 4,38
1989 Ulysses Guimarães Waldir Pires sem coligação 3.204.932 4,43

Carlos Lupi, presidente nacional do PDT
"Eu já começo me perguntando, quem é que confia inteiramente no PMDB? O PMDB é como uma federação, cada estado tem uma realidade e você tem, dentro do PMDB, o que apoiou a Dilma e o que apoiou o Aécio. Então, outra coisa que pergunto: de qual PMDB ele fala na carta? Acho que ele está atrasado. Afinal, se no primeiro mandato ele ficou como vice figurativo, por que aceitou ser vice outra vez? Neste momento, me parece oportunismo e isso não é coerente com o histórico do Michel Temer. Agora, a população não é boba e está vendo como o processo está se dando. Ele é o principal beneficiário dessa história, isso é inegável. Está tudo muito estranho e isso me cheira a oportunismo."

08/12/2015 11h39 - Atualizado em 08/12/2015 16h10

Políticos comentam carta de Temer a Dilma; veja repercussão

Na carta, peemedebista disse que no primeiro mandato foi 'vice decorativo'.
Presidente do PDT fala em 'oportunismo'; peemedebistas desconversam.

Filipe Matoso, Laís Alegretti e Lucas SalomãoDo G1, em Brasília
Após o vice-presidente da República, Michel Temer, enviar uma carta à presidente Dilma Rousseff falando sobre a "desconfiança" que o governo tem em relação a ele e ao PMDB, políticos de diferentes repercutiram nesta terça-feira (8) o teor do texto (leia a íntegra aqui).
A mensagem, segundo a assessoria da Vice-Presidência, foi enviada em "caráter pessoal" à chefe do Executivo e, nela, Temer "não propôs rompimento" com o governo ou entre partidos, mas defendeu a "reunificação do país". Em um trecho, Temer, que também é presidente nacional do PMDB, escreve que passou o primeiro mandato de Dilma como um "vice decorativo" e diz que perdeu "todo protagonismo político" que teve no passado.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse ao G1 ter achado "estranho" o conteúdo da carta e afirmou que o documento "cheira a oportunismo", o que, na opinião de Lupi, não combina com Temer.
Alguns integrantes do PMDB, por outro lado, evitaram fazer comentários diretos sobre o teor da carta e relataram que este é um assunto entre Dilma e Temer.
Veja abaixo a repercussão política da carta de Temer a Dilma:
Ana Amélia (PP-RS), senadora:
"A despeito de avaliar o mérito [da carta], o seu conteúdo, o fato é que isso apenas agrava ainda mais a tensão política que nós estamos vivendo hoje. [...] Eu também entendo que precisamos apressar o exame e a análise da representação de impeachment feita à Câmara dos Deputados por Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Ives Gandra Martins."
Carlos Lupi, presidente nacional do PDT
"Eu já começo me perguntando, quem é que confia inteiramente no PMDB? O PMDB é como uma federação, cada estado tem uma realidade e você tem, dentro do PMDB, o que apoiou a Dilma e o que apoiou o Aécio. Então, outra coisa que pergunto: de qual PMDB ele fala na carta? Acho que ele está atrasado. Afinal, se no primeiro mandato ele ficou como vice figurativo, por que aceitou ser vice outra vez? Neste momento, me parece oportunismo e isso não é coerente com o histórico do Michel Temer. Agora, a população não é boba e está vendo como o processo está se dando. Ele é o principal beneficiário dessa história, isso é inegável. Está tudo muito estranho e isso me cheira a oportunismo."
Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB no Senado
"É difícil fazer uma avaliação sobre o conteúdo da carta neste momento porque só tomei conhecimento do conteúdo por meio da imprensa. É difícil fazer uma avaliação sem ouvi-lo sobre isso. O que está ali é uma avaliação pessoal do vice-presidente que foi escrita em uma carta endereçada à presidenta. Este é um assunto entre ele e ela, e só cabe aos dois falarem sobre o assunto."
Guilherme Afif Domingos (PMDB), presidente do Sebrae
"Tem que esfriar, discutir a relação. Num momento muito quente, não é bom, então o bom senso manda deixar esfriar um pouco para sempre retomar o diálogo, só através do diálogo vamos levar o país a frente. Ele se manifestou, cada um tem o direito de se manifestar, dos dois lados tem que haver a busca de um equilíbrio."
Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado
"Eu vejo como um desabafo pessoal, questões que estão ali colocadas estão mais dentro da esfera do relacionamento pessoal do que do relacionamento político. O líder e vice-presidente Michel Temer é alguém que desempenhou um papel importante no nosso governo, na articulação política. É um democrata de larga tradição e ele sabe, assim como nós, que o momento é de baixarmos a temperatura. Não é um govenro, é um país que está em jogo e por isso acredito que devemos caminhar para o campo do entendimento."
José Pimentel (PT-CE), senador e líder do governo no Congresso
"De forma alguma (representa rompimento); isso faz parte do jogo democrático, onde você tem conjunto de propostas e de ideias e que passou pelas urnas em 2014 e continua até 2018."
Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), deputado federal
"Não acho que é um rompimento. Acho que a carta do Michel foi para restabelecer verdades. A presidenta Dilma estava querendo se vitimizar e colocar Michel, constranger Michel a assumir uma posição contra o impeachment. Michel, como vice, não tem que ser nem contra nem a favor de impeachment. Ele tem que cumprir seu dever constitucional, que é caso haja impedimento da presidenta, ele assumir a Presidência da República. Com toda certeza, a partir da própria carta do presidente Michel Temer, ele que é o presidente do PMDB, quando ele demonstra insatisfações, logicamente ele vai atrair a solidariedade de muitos colegas. Se não existisse Michel, com certeza o partido não teria feito a aliança [com o PT] nas últimas eleições."
Luiz Fernando Pezão (PMDB), governador do Rio de Janeiro
"Não tenho poder nenhum para mediar uma conversa entre os dois e não acredito que o Temer esteja se afastando. Não acredito na ruptura. Minhas posições são claras e acho que o impeachment é um desserviço num momento de tão grande crise. O PMDB ajudou a eleger a presidente e agora tem de ajudar a governar.  Mas esse é um problema que tem de ser mediado em Brasília. Vocês nunca vão me ver incendiando. Sou um homem de diálogo, de consenso. [...] O vice foi muito utilizado. Cada governante dá a utilização que quiser. Se ela não quis... Mas ela sempre o ouviu. Vice é para ajudar a governar."

Silvio Costa (sem partido-PE), vice-líder do governo na Câmara
"Eu acho que a carta do vice-presidente Michel Temer foi inoportuna e não condiz com o caráter do Michel Temer que conheço. Ele diz na carta que foi, no primeiro mandato, figura decorativa. Então, pergunto: por que ele aceitou ser vice no segundo mandato? Eu lamento que o Michel Temer, vice-presidente da República, neste momento, tenha prestado tamanho desserviço ao Brasil."

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