A esmola estimula o pedinte e não resolve o problema dele nem o da mendicância."SE TRATARMOS AS PESSOAS COMO ELAS DEVEM SER,
NÓS AS AJUDAMOS A SE TORNAREM O QUE ELAS SÃO CAPAZES DE SER"
(JONANN VAN GOETHE)
A população sandumonense está ficando preocupada com o crescimento do número de andarilhos e moradores nas ruas da cidade.
Os andarilhos geralmente são oriundos de cidades vizinhas que, "para se verem livre deles", pagam sua passagem para “exportá-los” para outras cidades vizinhas.
A maioria dos moradores de rua, presentes no centro, possuem endereço fixo na cidade, mas preferem continuar nas ruas ao invés de batalhar um trabalho para prover o seu sustento, porque a população os sustenta quando lhe dá esmolas.
A Secretaria Municipal de Assistência Social está procurando fazer a sua parte, mas não pode proibir o cidadão de morar nas ruas.
A Polícia Militar somente poderá agir em caso de perturbação da ordem ou dos cidadãos, violência, furtos e roubos, mas também não pode proibí-los de ir e vir, se não estiverem incomodando as pessoas.
Quando for inaugurada, a CASA de PASSAGEM será um local onde o andarilho poderá tomar um banho, receber roupas limpas, alimentação e passar a noite. No dia seguinte, tomará um café, será cadastrado e receberá uma passagem para a cidade de origem/destino.
NÂO DÊ ESMOLAS, NÃO ESTIMULE A MENDICÂNCIA

Aprendemos que dar esmolas é obra de caridade e que, portanto, é uma prática boa e piedosa. Porém, é necessário saber para onde vai o seu dinheiro.
Dar esmola para um bêbado na rua pode contribuir para que ele compre mais bebida; dar esmola para pedintes pode contribuir para que eles continuem em situação de risco social, sejam explorados por terceiros e, principalmente, transformem-se em pessoas estagnadas que não buscam a promoção da própria autonomia.
A pessoa que chega ao ponto de pedir esmola encontra-se em uma situação complicada:
Até que ponto o ser humano deve se humilhar para conseguir alguma coisa?
O pior é que boa parte das pessoas que pedem esmola usam-na de forma ilícita, para comprar bebida ou drogas.
Dependendo da situação, o melhor a fazer é comprar o alimento e entregar à pessoa.
Chega-se a situações em que a pessoa passa a viver só de esmola, já que pedir não requer muito esforço, apenas que se tenha um bom discurso capaz de sensibilizar o doador. Geralmente há várias crianças junto, pedindo, sendo usadas para ganhar algo.
A acomodação vem em consequência, aumentando o número de pedintes, a degradação social e a perda da identidade cidadã.
O importante é detectar a real necessidade da pessoa que pede e viabilizar o exercício da cidadania para esses cidadãos tão degradados sócio-economicamente.
Sendo assim, não dê esmolas. As pessoas devem buscar a promoção da própria autonomia.
Soluções:- Faça doações a entidades que você confia;- Seja voluntário ou estimule a ação dessas entidades;- Verifique se essas entidades funcionam bem;- Denuncie as entidades que não funcionam adequadamente. É certo que a mendicância é considerada um ato de indignidade humana, parecendo ser a única opção num primeiro momento, mas não deve tornar-se um modo de vida.
Infelizmente, não é isso o que acontece.
QUEM DÁ ESMOLA NÃO DÁ FUTURO
Muitos dos moradores de rua possuem endereço fixo, família e saúde para trabalhar, mas simulam deficiências ou ainda exploram seus filhos e parentes idosos para sensibilizar quem passa pelas ruas.
Crianças e adolescentes dependentes químicos fogem de casa para ter uma vida livre e contam com o dinheiro que conseguem nas ruas para sustentar o vício. Enquanto isso suas famílias ficam desesperadas a sua procura.
Você sabia que:- As esmolas contribuem para a evasão escolar?
- As crianças que vendem balas e entregam panfletos deveriam estar na escola e não sendo exploradas na rua?
- É na rua, pedindo esmolas, que crianças e adolescentes têm o primeiro contato com o tráfico de drogas, pequenos delitos e prostituição?
- Em muitos casos, o dinheiro obtido com as esmolas é usado para sustentar o vício em álcool ou drogas?
- Pessoas que estão em situação circunstancial e/ou emergencial de rua não são moradores de rua? Em muitos casos elas passaram por tragédias pessoais como a violência doméstica, fuga da prostituição ou do tráfico, perderam suas casas por decorrência de chuvas, problemas financeiros ou estão perdidas.
- Morador de rua é todo aquele que mora e vive na rua, sobrevivendo da mendicância ou até de pequenos furtos, e que perdeu seus vínculos familiares, ou seja, não tem família ou desconhece o paradeiro da mesma?
- Trecheiro é o sujeito que sobrevive do trabalho volante e temporário ou da mendicância, transitando de uma cidade a outra a pé ou com passes de viagens concedidos pela prefeitura?
Os pedintes relatam que a boa fé do povo é que os faz querer continuar a perambular pelo município. Quando abordados, muitos relatam a facilidade de se morar nas ruas, pois a bondade da população é enorme.
Ao dar grana a um mendigo ou pior, a uma criança de rua, o que estamos fazendo é simplesmente incentivando esse "trabalho". Estamos pagando a um mendigo, ou a uma criança, para que fique nas ruas.
Ao invés de estar acabando com a mendicância, a estamos aumentando. Amanhã o mendigo vai estar de novo ali e a criança também. Quanto mais moedas o sujeito dá, mais crianças e mendigos aparecem. É como dar migalhas aos pombos.
Devemos ajudar ao próximo, na medida do possível e dentro de um certo realismo.
Há pessoas que, devido à idade, doenças ou as próprias circunstâncias da vida, têm dificuldade em conseguir trabalho. Há pessoas que verdadeiramente precisam de ajuda ou ao menos de um empurrãozinho, mas não podemos continuar a estimular este tipo de "trabalho" que tende a aumentar se continuarmos com a nossa postura protecionista.
Fonte: Internet